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A craveira ou paquímetro

A craveira (fig. 1) é constituída por uma régua, 4, onde se encontra gravada uma escala, dita principal, cuja menor divisão vale 1 mm. Numa das extremidades da régua existem duas esperas fixas. Ao longo da régua desliza um cursor com duas esperas móveis e um botão de pressão, 8, que permite a fixação do cursor. No cursor existe uma segunda escala, o nónio, que permite efectuar medidas com resolução inferior ao milímetro (tipicamente de 0,05 mm, nas craveiras mecânicas). Fixa ao cursor, existe uma haste ou lingueta 3, de igual comprimento ao da régua. A craveira pode ser utilizada na medição de comprimentos, espessuras, dimensões internas e externas.


Figura 1- Esquema de uma craveira, evidenciando as suas partes constituintes, e exemplificação da sua utilização na medição de um diâmetro.

Quando as esperas fixas e móveis estão em contacto, a linha de fé (zero da escala) do nónio deve coincidir com o traço correspondente à divisão zero da escala da régua R:
Figura 2- Esquema das escalas principal e do nónio de uma craveira.

Para se medir um comprimento, espessura ou dimensão externa com uma craveira, encosta-se uma das extremidades do corpo à face da espera fixa, desloca-se a espera móvel até ficar em contacto com a outra extremidade e fixa-se o cursor nessa posição.

A leitura da indicação da craveira efectua-se do seguinte modo: na escala principal lê-se um número inteiro de milímetros dado pelo traço da escala principal que se encontra à esquerda da linha de zero do nónio. O nónio permite efectuar leituras com uma resolução igual a 1/n mm, em que n é o número de divisões da escala do nónio (normalmente, n = 20 pelo que a resolução é igual a 0,05 mm).

Figura 3. A indicação da escala principal corresponde a 2 mm e a do nónio a 6 décimas de milímetro. O comprimento será 2,6 mm.

Para tal, procura-se o traço da escala do nónio que está alinhado com um qualquer traço da escala principal e efectua-se a leitura na escala marcada no nónio (a unidade desta escala é a décima de milímetro). O resultado da medição é a soma dos valores lidos nas escalas principal e do nónio (fig. 3).
Para se medir o diâmetro interno de um tubo, ajustam-se os bordos das pontas 2 às suas paredes internas e faz-se então a leitura.
Para se fazer uma medição de profundidade, encosta-se a haste 3 à parede interna da cavidade, de forma que toque no fundo, e fixa-se o cursor nessa posição. A leitura da régua 4 dá, então, o número de milímetros, e a leitura do nónio, as fracções de milímetro.


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